Nutrição enteral: o que é e como ela impacta o tratamento dos pacientes
A alimentação é essencial no tratamento dos pacientes em um hospital.
Quando a alimentação oral com alimentos sólidos e variados não é viável, outras abordagens, como a nutrição enteral, garantem que os pacientes recebam a nutrição necessária de forma adequada e segura.
Quer saber o que é a nutrição enteral e quando é indicada? Acompanhe o conteúdo preparado pela GRSA!

O que é nutrição enteral?
A nutrição enteral é uma maneira de alimentar pacientes que, por algum motivo, não podem ingerir os alimentos pela via oral.
A alimentação é administrada por meio de uma sonda inserida pela boca, ou nariz ou diretamente da pele do paciente para o estômago ou intestino delgado, utilizando fórmulas líquidas ou em pó, que fornecem todos os nutrientes essenciais para garantir a nutrição eficaz e adequada ao paciente.
Como funciona a nutrição enteral?
Administrada sob supervisão médica, este tipo de nutrição é formulada de acordo com as necessidades específicas de cada paciente, considerando fatores como idade, peso, condição clínica, e tolerância digestiva.
Pode-se classificar a nutrição enteral em dois tipos de dieta: a caseira e a industrializada.
A caseira é feita com alimentos in natura liquidificados e peneirados, e também podem ser adicionadas fórmulas prontas para aumentar o nível de nutrientes.
Na dieta caseira é possível personalizar bastante a dieta do paciente, de acordo com suas necessidades nutricionais. Mas também existem desafios que envolvem a segurança da dieta, a precisão nutricional, já que esse tipo de dieta é mais suscetível a variações, além de aumentar o risco de obstrução da sonda e de contaminação bacteriana.
Já no formato industrializado, o líquido vem pronto ou em formato de pó, para ser diluído em água. Neste caso, existem diferentes tipos de fórmulas para adequar a cada paciente.
Quais são os tipos de nutrição enteral?
Nasogástrica
Esse tipo de acesso é inserido pelo nariz até o estômago. É uma opção prática, pois a inserção é facilitada e também é uma das mais comuns.
Ela é indicada para pacientes que não possuem obstruções intestinais, para curto prazo.
Orogástrica
Diferente da nasogástrica, essa inserção é feita pela boca até o estômago. De maneira geral, quando possível opta-se pela nutrição nasogástrica, mas se houver obstrução nasal, a orogástrica é mais recomendada.
Sua utilização é mais comum em recém-nascidos e lactentes devido ao fato de a respiração ser feita, principalmente, pelas narinas.
Nasoentérica
A sonda nasoentérica é colocada do nariz até o intestino, duodeno ou jejuno. Ela causa menos traumas que a sonda nasogástrica e é indicada para períodos de tempos maiores.
Possui como vantagem o menor risco de regurgitação e aspiração traqueal.
Gastrostomia
Para esse método de nutrição enteral, é necessário fazer uma cirurgia para a colocação da sonda, que vai da pele do abdômen até o estômago.
É um método normalmente utilizado para nutrição prolongada, que não obstrui vias aéreas e permite o uso de sondas de maior diâmetro.
Jejunostomia
A jejunostomia é, normalmente, utilizada quando existe uma obstrução no estômago, pois a sonda é direcionada ao intestino delgado ou jejuno, onde são absorvidos a maior parte dos nutrientes.
Sua utilização é comum após cirurgias gástricas.

Quando a nutrição enteral é indicada?
Ela é, geralmente, indicada para:
- prematuros com menos de 24 semanas;
- pessoas com síndrome de dificuldade respiratória, síndrome do intestino curto ou determinados tipos de distúrbios intestinais;
- casos graves de desnutrição;
- transtornos alimentares;
- pacientes com dificuldade de deglutição devido a condições neurológicas;
- pacientes em coma, que estejam inconscientes ou em estado vegetativo;
- determinados quadros de demência;
- problemas de absorção ou disfunção intestinal, dentre outros.
Como a nutrição enteral auxilia no tratamento de pacientes hospitalizados?
A nutrição enteral oferece suporte nutricional essencial, ajudando na manutenção do estado nutricional, na prevenção de complicações e na aceleração da recuperação. Entenda:
Manutenção do Estado Nutricional
A nutrição enteral garante que os pacientes recebam todos os nutrientes essenciais, como carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais, mesmo quando não conseguem ingerir alimentos por via oral.
Isso é especialmente importante em pacientes críticos ou com doenças crônicas, como câncer, doenças neurológicas, ou após grandes cirurgias.
A desnutrição pode retardar a recuperação e aumentar o risco de complicações, por isso a nutrição enteral é essencial para evitar esse quadro.
Prevenção de Complicações Clínicas
A nutrição inadequada pode aumentar o risco de infecções, atraso na cicatrização de feridas e redução da função imunológica. A nutrição enteral ajuda a:
- Fortalecer o sistema imunológico: Fornecendo nutrientes essenciais que mantêm a função imunológica;
- Reduzir o risco de infecções: Pacientes malnutridos têm maior risco de desenvolver infecções hospitalares. A nutrição enteral ajuda a fortalecer a barreira intestinal e a reduzir a translocação bacteriana.
Aceleração da Recuperação
Quando administrada de maneira adequada, a nutrição enteral pode acelerar a recuperação de pacientes hospitalizados, proporcionando os nutrientes necessários para o reparo celular e a regeneração tecidual.
Isso é particularmente importante em pacientes com condições críticas ou após cirurgias complexas, onde a recuperação rápida é essencial.
Preservação da Função Intestinal
A nutrição enteral utiliza o trato gastrointestinal (TGI) para fornecer alimentos, o que preserva a função intestinal.
Ao manter o TGI em funcionamento, a nutrição enteral evita complicações como a atrofia da mucosa intestinal e o desenvolvimento de úlceras gástricas, que podem ocorrer em pacientes que ficam muito tempo sem alimentação.
Além disso, ao manter o trânsito intestinal, o processo de digestão e absorção de nutrientes é mais eficiente.
Redução do Risco de Complicações Gastrointestinais
Pacientes hospitalizados, especialmente aqueles em ventilação mecânica ou em estado crítico, correm o risco de complicações como aspiração pulmonar (quando alimentos ou líquidos entram nos pulmões, causando pneumonia).
A nutrição enteral reduz esse risco em relação à nutrição parenteral (via intravenosa), uma vez que o alimento é administrado diretamente no trato gastrointestinal.
Suporte Nutricional em Doenças Crônicas e Condições Críticas
Pacientes com doenças crônicas (como câncer, doenças hepáticas ou renais) ou condições críticas (como septicemia ou trauma) frequentemente têm necessidades nutricionais aumentadas.
A nutrição enteral oferece uma maneira eficaz de atender a essas necessidades, fornecendo os nutrientes de forma controlada e precisa.
Melhora da Qualidade de Vida
Para pacientes que não podem se alimentar normalmente, a nutrição enteral proporciona uma alternativa viável, ajudando a manter o bem-estar geral e prevenindo os sintomas associados à desnutrição, como fraqueza, fadiga e perda de massa muscular.
Isso pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo o desconforto e ajudando-os a se manterem mais fortes durante o tratamento.

Qual a importância de contratar uma empresa especializada em nutrição hospitalar?
Já falamos aqui no blog sobre a importância da alimentação hospitalar e todo cuidado necessário na alimentação de pacientes para evitar infecções e atender às necessidades particulares de cada tratamento.
A nutrição enteral é ainda mais delicada, pois necessita de um cuidado especial para evitar a infecção bacteriana e as possíveis complicações que podem surgir nesse método.
Por isso, o cuidado de uma equipe especializada deve ser um ponto de atenção dentro das instituições de saúde.
A GRSA, empresa líder em soluções de alimentação, possui uma equipe experiente em entregar a melhor experiência em alimentação para os pacientes.
Cuidamos de cada refeição com muito carinho e com todo rigor e a segurança exigida pelo tema para tornar esse momento delicado, mais leve e confortável.
Nossa equipe recebe treinamentos periódicos para fazer da alimentação hospitalar um ambiente mais humano e acolhedor.
Dentre os treinamentos recebidos anualmente, estão:
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- Dietoterapia;
- Qualidade e segurança dos alimentos;
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Outro ponto determinante para a GRSA é a segurança dos alimentos, fator obrigatório e inegociável em toda a nossa cadeia de produção.
Para garantir as boas práticas no serviço de alimentação, transformamos nossas ações em cultura de segurança, adotando rigorosos padrões de produção, como a rastreabilidade em toda a cadeia de produção, do fornecedor à entrega final, e a adoção de processos robustos em conformidade com a Anvisa.
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