Lactário: confira como funciona no ambiente hospitalar
Por volta do ano de 1935, a alimentação das crianças era um tema de grande preocupação entre a equipe médica, de enfermagem e de puericultura da época.
Isso porque o índice de mortalidade infantil era expressivo para crianças abaixo de um ano de idade e muitas enfermidades vinham da alimentação.
Foi nos anos que se seguiram que o assunto começou a se desenvolver e surgiram estruturas parecidas com o que hoje conhecemos por lactários.
Hoje, a RDC Nº 307, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece que os espaços destinados à alimentação e nutrição de lactentes devem estar presentes nos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) que possuam atendimento pediátrico.
O que é o lactário?
O lactário é o espaço destinado à produção, higienização e distribuição de fórmulas e preparos alimentícios para os bebês internados em um hospital.
A definição presente na RDC nº 50, da Anvisa, está descrita como “área restrita, destinada à limpeza, esterilização, preparo e guarda de mamadeiras, basicamente, de fórmulas infantis”, destinadas a recém–nascidos, lactantes e crianças.
O objetivo principal do espaço, seja nos hospitais ou em creches, é oferecer uma alimentação segura e uma nutrição adequada aos bebês e crianças.
Qual é a função de um lactarista no ambiente hospitalar?
O lactarista é o profissional responsável por atuar no controle geral das preparações de fórmulas infantis, hídricas e enteral do hospital.
Cabe a ele:
- diluir as fórmulas infantis segundo a indicação da nutricionista;
- distribuir as mamadeiras aos setores indicados;
- fazer a higienização das geladeiras onde ficam armazenados os leites;
- retirar o leite disponível no banco de leite materno para colocar nas mamadeiras; dentre outras funções.
Qual a importância do lactário nos hospitais?
O lactário é um espaço essencial para o desenvolvimento e a nutrição dos bebês. Segundo o Ministério da Saúde, o índice de amamentação na primeira hora de vida é de 62,4%.
Já a taxa de amamentação exclusiva no Brasil é de 46% nos primeiros seis meses, de 52,1% aos 12 meses e de 35,5% aos 24 meses de vida.
Por mais que a amamentação exclusiva entre mãe e bebê seja a principal indicação do Ministério da Saúde até os 6 meses de vida, os dados mostram que a realidade nem sempre permite que as mães sejam a única fonte alimentar, mesmo no caso de recém-nascidos.
Em situações como esta, as instituições de saúde com áreas voltadas à alimentação de bebês desempenham um papel fundamental na promoção da saúde, pois oferecem a qualidade nutricional que o bebê precisa naquele momento, de maneira personalizada e segura, seguindo todos os procedimentos para evitar quaisquer tipos de contaminação.
A GRSA trabalha com qualidade e excelência, acesse e conheça nossos princípios.
O que diz a Anvisa sobre os lactários dentro do hospital?
Além de estabelecer que todos os EAS que possuam atendimento pediátrico devam ter um lactário, a Anvisa também estabelece um tamanho mínimo para o espaço.
Segundo a RDC Nº 307, EAS com até 15 leitos pediátricos podem ter área mínima de 15 m², com distinção entre área “suja e limpa”. Também é necessário que o acesso seja feito de maneira independente à área “limpa” através de vestiário de barreira.
O espaço deve ser composto de:
- área para recepção;
- lavagem de mamadeiras e outros utensílios;
- área para desinfecção de alto nível de mamadeiras;
- área para esterilização terminal.
Como funciona o lactário hospitalar?
O lactário hospitalar funciona de maneira específica nas instituições de saúde, mas ele deve estar integrado ao processo particular de cada hospital.
Além do seguimento do Manual de Boas Práticas e POP’s do Lactário, um dos objetivos dos espaços produzidos pela GRSA é justamente fazer essa integração sem que haja degraus, sempre visando o bem-estar dos pacientes.
A nossa equipe também:
- recebe capacitação constante, de acordo com um cronograma mensal de treinamentos;
- elabora material de apoio didático exclusivo, com temas específicos voltados ao setor;
- realiza a gestão de estoque, garantindo abastecimento adequado, evitando desperdícios de dietas e perdas financeiras;
- realiza o controle e gestão de indicadores, com foco nas metas e ciclos de melhorias;
- faz o controle de envio de itens para termodesinfecção no CME/autoclave, garantindo a pré-lavagem dos itens no setor;
- participa do modelo de criação do espaço e da adequação de fluxos.
Como os hospitais podem ter uma estrutura adequada?
Para planejar uma estrutura adequada a um lactário, é essencial fazer um levantamento de grupos de indivíduos a serem atendidos, a partir da faixa etária, sejam recém-nascidos, lactentes ou crianças.
Alguns dos pontos essenciais de verificação são:
- fluxos de processos produtivos;
- previsão dos equipamentos;
- análise do layout;
- a localização dentro do hospital;
- os recursos materiais e humanos necessários;
- orçamento;
- sistemas de distribuição.
Como esse setor pode proporcionar uma experiência acolhedora aos pacientes?
A alimentação de bebês internados, sejam eles recém-nascidos ou não, é um serviço que exige delicadeza e muito cuidado dentro de um hospital.
As mães que estão passando pelo puerpério ficam muito mais sensíveis e isso acontece de maneira especial àquelas que, por diferentes motivos, não estão conseguindo alimentar seu bebê.
Por isso, a experiência a essas mães e bebês deve ser a mais confortável possível e ela precisa saber que a nutrição, o cuidado e o carinho com o seu filho estão sendo prioridade da instituição hospitalar naquele momento.
É por isso que a equipe que compõe o setor precisa ser treinada não apenas para cumprir suas tarefas com segurança, mas também para oferecer apoio emocional e orientação a essas mães.
Estratégias de incentivo ao aleitamento materno e o fornecimento de informação de qualidade também fazem parte do setor e ajudam a garantir mais segurança para lactantes e lactentes.
Por fim, não podemos deixar de ressaltar a importância dos três pontos a seguir.
Ambiente bem estruturado
Um espaço bem estruturado facilita a organização e a eficiência na preparação e distribuição do leite, minimiza o risco de contaminação cruzada e garante que os padrões de higiene sejam mantidos em todos os momentos.
Equipe especializada
Cuidar do setor é uma tarefa que exige extremo cuidado, pois a alimentação de cada bebê ou criança é personalizada às suas necessidades nutricionais.
A equipe deve ser treinada para atender as necessidades, orientar e supervisionar o preparo dos alimentos e fórmulas, além de garantir o apoio às mães e seguir as normas de segurança.
Higiene adequada
Recém-nascidos, especialmente os prematuros ou com condições médicas especiais, são extremamente vulneráveis a infecções.
Manter um alto padrão de higiene é essencial para prevenir infecções e garantir que o leite que recebem seja seguro e livre de patógenos.
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Como a GRSA pode ajudar esse setor?
A GRSA atua na produção de lactários completos personalizados à necessidade de cada hospital e de acordo com as regras de higiene e conduta adequadas.
Atuamos dentro das instituições de saúde fornecendo cardápios balanceados e suporte na nutrição dos pacientes. E não seria diferente com a alimentação de bebês e crianças, que precisam de cuidado extra na nutrição para desenvolvimento.
Participamos também do Grupo de Estudo em Nutrição Enteral e Lactário, o Grupo Genelac juntamente com mais de 100 hospitais. O grupo atua no desenvolvimento de legislação para gestão de lactário e na realização de revisões das legislações já existentes.
Nossa equipe conta com anos de experiência no setor e passa por treinamentos constantes de segurança dos alimentos.
Temos como conceitos-chave a delicadeza e o respeito, resultando em um atendimento humanizado que contribui para o bem-estar de cada um dos pacientes.
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